‘Juro por Deus que não bati nela’, diz companheiro de Malu da Tapioca diante de suspeita da família
“Sou inocente”. A afirmação é do companheiro de Marcleya Pereira de Moraes, mais conhecida por Malu da Tapioca. Ela está internada na UTI do Hospital Regional de Araguaína (HRA) desde o dia 31 de dezembro após dar entrada na UPA desacordada e com vários hematomas pelo corpo, mas o caso continua sendo um mistério.
A família de Malu afirma que ela foi vítima de uma tentativa de feminicídio e aponta Jairo Gomes como principal suspeito. Porém, ele nega as acusações.
No dia dos fatos, Jairo conta que foi a um ‘espetinho’ junto com Malu quando os dois saíram do trabalho na barraca de tapioca e, em seguida, foram para casa.
“Ao chegar em casa fomos dormir de boa. Como reconciliamos na igreja, sempre orávamos antes de dormir. Cochilamos e eu acordei com ela gritando alto: ‘ai minha cabeça, ai minha cabeça! pega o remédio!’. Como a energia estava cortada, liguei o celular e achei dois torsilax, enquanto eu corria até a carretinha lá fora da casa para pegar água. Quando voltei ela estava com a boca dura e balançando a cabeça, sentada na cama, consegui colocar o remédio e ela engoliu e depois deitei (ela) devagarzinho”.
O homem disse que acordou de manhã por volta de umas 10h e que Malu caiu ao tentar urinar.
“Ela levantou para urinar e caiu no chão e bateu a cabeça. Se sujou de urina e também tinha vômito. Quando peguei ela estava toda travada, toda dura. Levei ela ao banheiro e banhei. Levei para o carro e ao chegar na UPA disseram que foi espancamento e eu jurei por Deus que não bati nela, estava ajudando ela, desesperado”, conta.
Jairo Gomes disse ainda que tinha projetos de trabalho e viagem com Malu e que vem recebendo ameaças após a família acusá-lo das supostas agressões.
“Estão julgando que eu bati nela. A perícia foi lá e analisou tudo. A polícia conversou comigo e eu falei que não fui eu. E estão julgando que eu bati nela. Eu não tenho coragem da fazer isso com minha própria mulher. Estávamos tudo bem, estávamos com projetos de trabalhar, pagar a energia, viajar para Redenção (PA) e pensando em ir em Goiânia. Estão postando no face e grupos que ela foi espancada e pessoas estão me marcando falando que vão me matar”, disse.
Malu está em coma há 10 dias. A Polícia Civil que está investigando o caso sob sigilo.