Estado

Em baixa com o PMDB do Estado, Kátia Abreu vira vice-líder do partido no Senado

Em meio a crise com os peemedebistas do Estado, a senadora Kátia Abreu (PMDB) parece estar mais confortável com o caciques nacionais, pois foi nomeada para o cargo de vice-líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) no Senado da República. A indicação foi feita pelo líder da legenda na Casa, Renan Calheiros (PMDB de Alagoas), e comunicada no dia 22 deste mês ao presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (PMDB do Ceará). Valdir Raupp (PMDB de Rondônia) ficou com a segunda vice-liderança da sigla.

O presidente do PMDB do Tocantins, Derval de Paiva, deixou claro em entrevista ao CT, concedida no congresso partidário deste mês, a péssima relação da senadora com a legenda no Tocantins. “Ela nos abandonou faz tempo. A gente já não a tem como partidária, como companheira, porque ela fez o papel da deserção. Não penso que ela tenha capacidade de recuperar todas as feridas criadas”, alegou. Entretanto, o dirigente não escondeu que Kátia Abreu tem “livre trânsito” para deixar a legenda, apesar de reforçar que da sua parte, “as portas estão abertas” para que saia.

Apesar desta vontade dos peemedebistas tocantinenses, o CT já mostrou que Kátia Abreu vem reconquistando o prestígio com os dirigentes nacionais. Conforme o Blog CT apurou, o PMDB está preocupado com a situação do Senado Federal a partir de 2019. Atualmente a legenda tem 20 membros na Casa, mas a expectativa é de que esse número caia para oito com as eleições do ano que vem. Inclusive, o processo de expulsão contra a senadora está parado a pedido do Palácio do Planalto.

Segundo o que fontes peemedebistas afirmaram ao CT, o próprio presidente da legenda Romero Jucá estaria articulando a permanência da parlamentar na legenda e o sepultamento do processo aberto a partir de pedido do ex-ministro Geddel Vieira Lima, quando presidente do diretório regional da Bahia. O mesmo Romero Jucá que no congresso peemedebista em Fortaleza do Tabocão negou uma intervenção no Tocantins. “O PMDB do Tocantins vai do jeito que os eleitores, filiados e dirigentes do Tocantins quiserem”, garantiu em discurso.