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Valdemar Júnior condena disputa pela “paternidade” da nova ponte de Porto Nacional

A aprovação da operação de crédito externo no Banco UniCredit para a construção da Ponte de Porto Nacional foi repercutida na sessão de terça-feira, 21, pelo deputado estadual Valdemar Júnior (PMDB). O peemedebista criticou a politização da conquista, alegando que a obra virou assunto de palanque político, enquanto produtores da região sofrem para escoar produtos, como grãos e gado.

O parlamentar relembrou que a solicitação para construção da ponte foi seu primeiro ato enquanto deputado ainda em fevereiro de 2015, junto com a duplicação da TO-050, e reforçando que, antes dele, outros parlamentares já defendiam a ideia. Valdemar afirma que a obra ganhou projeto do governo do Estado com solicitação de aquisição de empréstimo internacional para sua execução, sendo aprovada por unanimidade pela Casa de Leis, Valdemar Júnior foi o relator da matéria.

‟Os 24 deputados aprovaram, o governo Marcelo Miranda mostrou vontade política e houve posicionamento positivo do Senado para aquisição do empréstimo internacional”, disse. Valdemar Júnior repudiou quem tem tentado intitular-se dono do crédito de um esforço coletivo, mas não citou nomes. ‟Tem que ter uma grande força política para que coisas dessa magnitude aconteçam. São mais de R$ 100 milhões.” O deputado concluiu informando que a empresa que fará a obra está licitada.

Valdemar Júnior ainda agradeceu aos três senadores tocantinenses Kátia Abreu (PMDB), Vicentinho Alves (PR) e Ataídes Oliveira (PSDB) por apoiarem o empréstimo internacional de aproximadamente 30 milhões de euros, o equivalente a cerca de R$ 100 milhões.

Assembleia ou Senado
O tema já foi polêmica no Facebook. Em vídeo nas redes sociais, o agora secretário de Desenvolvimento Urbano de Palmas, deputado estadual Ricardo Ayres (PSB), destacou a participação do Parlamento no processo, mas o ex-vereador de Porto Nacional e filho do senador Vicentinho Alves (PR), Neto Aires, elencou como protagonista a bancada federal e o Palácio Araguaia em uma série de comentários na postagem do pessebista.

Ponte
A obra foi licitada ainda em 2014 pela Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto) com um custo inicial de R$ 101.328.272,57. A vencedora do certame foi a Rivoli S.A. – empresa questionada pelo Ministério Público. Assim que iniciado os trabalhos, o prazo para conclusão é de 900 dias. A nova ponte terá 1.488 metros de extensão, sendo 1.088 de vão e 400 de aterro. Além do valor do empréstimo o governo também deve entrar com uma contrapartida de 15% do valor total, algo em torno de € 6.203.629,38. A obra deve começar após o término do processo de captação de recursos.

A antiga ponte tem apenas 900 metros e liga o tráfego da TO-050, pelo trevo da TO-255 com a TO-070 até a BR-153. Ela foi construída entre os anos de 1976 e 1979. Danos estruturais fizeram com que o trânsito pesado fosse limitado. Em 2011, um relatório elaborado pelo Laboratório de Sistemas Estruturais (LSE) apontou que a ponte estava impossibilitada de receber o tráfego de caminhões de cargas.

Desde então, somente veículos com até 30 toneladas de peso podem passar pelo local. Para chegar à Palmas, veículos que ultrapassam o limite de peso precisam ir até Paraíso do Tocantins, aumentando a distância em 100 quilômetros