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Tribunal de Justiça vai julgar pedido para aumentar pena de Iolanda Fregonesi pela morte de Pedro Caldas

Está marcado para tarde desta terça-feira (20) o julgamento de Iolanda Costa Fregonesi, de 25 anos, no Tribunal de Justiça do Tocantins. Em março deste ano ela foi condenada a sete anos e 11 meses pela morte do médico e triatleta Pedro Caldas, mas o Ministério Público recorreu pedindo aumento da pena.

A sessão que vai julgar os recursos está prevista para começar às 14h desta terça-feira, na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Tocantins.

O médico Pedro Caldas e um colega dele foram atropelados em novembro de 2017 enquanto corriam em uma marginal da TO-050, no perímetro urbano de Palmas. Caldas acabou morrendo no hospital após quase um mês em coma.

Iolanda Costa Fregonesi foi condenada pela morte de Pedro Caldas em março de 2022 — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Iolanda Costa Fregonesi foi condenada pela morte de Pedro Caldas em março de 2022 — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

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Com a pena inferior a oito anos de prisão, Iolanda Costa tem cumprido a pena em regime semiaberto. O pai do médico, Luciano Caldas, segue na busca por uma punição que ele considera mais justa. “É inadmissível que a morte de um ser humano, pai de família, profissional competente, dedicado à função à cidade, seja desrespeitada desta maneira”, disse o pai.

Pedro Caldas tinha 40 anos quando teve a vida interrompida pelo acidente. Ele era um médico atuante e reconhecido em Palmas. O caso gerou muita repercussão. Pedro deixou três filhos pequenos, que assim como os avós, lidam dia após dia com a dor da ausência.

Publicamente, Iolanda Fregonesi nunca falou sobre o caso. Para a Justiça, ela afirmou que não estava embriagada e disse ter atropelado o médico após se distrair com dois animais que estariam brigando no banco de trás do carro dela. A TV Anhanguera e o g1 não conseguiram contato com a defesa dela.

O caso

 

Médico Pedro Caldas morreu após sofrer traumatismo craniano — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Médico Pedro Caldas morreu após sofrer traumatismo craniano — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Pedro Caldas morreu depois de ficar mais de um mês em coma após complicações no traumatismo craniano grave que sofreu. No dia do acidente, o ginecologista foi levado para o Hospital Geral de Palmas (HGP), onde passou por cirurgia e foi transferido para uma UTI particular. O colega dele, Moacir Naoyuk Ito, que também foi atropelado, sobreviveu.

Na época da morte de Pedro Caldas, o delegado Hudson Guimarães Leite, que investigou o atropelamento, disse que ela nunca tirou carteira de habilitação. Ao longo do processo, a Justiça chegou a bloquear os bens que a jovem suspeita do atropelamento tem a receber de herança para garantir o pagamento de futuras indenizações.

De acordo com o delegado, o fato de Iolanda ter se recusado a realizar o teste do bafômetro, não atrapalhou a investigação. “Há nos autos um atestado de estado incapacidade psicomotora alterada, comprovado pelos agentes da ATTM, há testemunhas que comprovam que ela estava bêbada, exalando um cheiro muito forte de álcool.”

Após o acidente ela foi levada para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde pagou fiança de R$ 3 mil e foi liberada para responder em liberdade.

Ainda segundo a investigação da polícia Civil, em 2016 a jovem já havia atropelado um casal na Avenida Tocantins, em Palmas.

Fonte: G1 Tocantins