DestaqueEstado

Sindicato denuncia atrasos salariais, falta de materiais básicos em UTIs e quer fim da terceirização

O Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do Tocantins (Sinfito) denunciou diversas falhas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) terceirizadas pelo Estado e frisou que a situação crítica tem se agravado nos últimos dias. Há relatos, conforme a entidade, de que a situação está semelhante aos tempos do auge da pandemia de Covid-19.

Entre os apontamentos, o presidente do sindicato, Raphael Couto, citou atrasos nos salários de profissionais contratados via CLT; ausência dos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores; e falta de itens básicos, como sondas para procedimentos e uniformes. Atualmente, os leitos de UTI estão sob a gestão da Associação Saúde em Movimento (ASM), mas o contrato termina no próximo dia 30 de setembro.

Devido ao não pagamento dos vencimentos, conforme o sindicato, os profissionais notificaram a empresa para a regularização da situação e não compareceram mais ao trabalho diante da permanência dos problemas e falta de posicionamento. Isso tem acarretado na falta de profissionais em quantidade mínima necessária para o funcionamento de uma UTI.

Outro situação apontada é a ocorrência de assédio moral por parte da coordenação das unidades. O relato é de que estão obrigando os profissionais que ainda permanecem trabalhando a dar sequência às atividades mesmo após o fim do plantão, sob o argumento que, se o profissional sair, estará sendo negligente com os pacientes.

“Infelizmente, esses fatos ocorriam desde o início da terceirização, situação objeto de notificação ao Estado do Tocantins no mês de dezembro de 2022, entretanto, ao invés de melhorar, a situação se agravou no último mês de agosto de 2023”, disse o sindicato.

Ao final, o Sinfito disse esperar que o governo encerre a terceirização, “visto que temos profissionais qualificados em nosso quadro de servidores, efetivos e contratados, para prestarem serviço de qualidade nas UTIs públicas do estado”.

Fonte: AF Noticias