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Quatro suspeitos de incendiar ônibus são soltos em Palmas

presosOs quatro suspeitos de participarem dos incêndios aos ônibus em Palmas foram soltos na tarde desta segunda-feira (16). De acordo com informações da Secretaria de Comunicação do Tocantins (Secom), os suspeitos foram liberados devido ao fim do prazo da prisão preventiva. Por causa da greve da Polícia Civil, as investigações não deram continuidade e o pedido de prisão não foi renovado.

Os suspeitos, José Luzio dos Santos, de 21 anos, Isais Bruno Lima de Melo, de 19 anos, Bruno Burjaque da Silva Santos, de 22 anos e Jonathan Koopa, de 22 anos, tiveram a prisão temporária decretada pela justiça no dia 4 de março.

Eles são suspeitos de incendiar os três homens em Palmas, um no dia 27 de fevereiro e outros dois no dia 28. Na época dos incêndios, a titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), Liliane Albuquerque, informou que um dos suspeitos teria confessado que os ataques tiveram relação com a greve da polícia e que os crimes estariam sido comandados de dentro da Casa de Prisão Provisória em Palmas.

Policiais em greve estão em frente a CPP de Palmas (Foto: Divulgação/ Comando de greve)
Policiais civis estão em greve desde o dia 25 de
fevereiro(Foto: Divulgação/ Comando de greve)

Após os ataques, o prefeito Carlos Amastha (PP) anunciou em redes sociais que pagaria uma recompensa de R$ 15 mil para quem fizesse a denúncia que levasse a prisão dos responsáveis pelos crimes. A prisão dos homens só foi possível porque um deles denunciou os outros, a fim de levar a recompensa. Ele negou a participação nos incêndios e foi liberado após colaborar com as investigações.

As investigações deste e de outros tipos de crime são feitas pela Polícia Civil, que está em greve desde o dia 25 de fevereiro. A categoria cobra do governo a equiparação salarial que teria sido concedida ainda em 2007. A medida foi regulamentada em abril de 2014, através da Lei 2.851 e cancelada no dia 11 de fevereiro deste ano através de decretos publicados no Diário Oficial do Estado (DOE). Em todo o Tocantins, de acordo com o Sinpol-TO, são aproximadamente 1,6 mil policiais em greve.

(G1)