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Por falta de provas, empresário Duda Pereira não irá à júri popular por acusação de mandar matar concorrente

O empresário Eduardo Augusto Pereira Rodrigues, conhecido como Duda Pereira, não será julgado pela acusação de encomendar a morte do concorrente, Wenceslau Gomes Leobas. O juiz Alessando Hofmann, da comarca de Porto Nacional, entendeu que não foram apresentadas provas suficientes para que ele fosse a júri popular como queria o Ministério Público Estadual.

Apesar disso, a decisão desta quinta-feira (27) não significa absolvição sumária. A medida não impede que novas provas sejam apresentadas. O MPE também pode recorrer a segunda instância para reverter a medida.

Na decisão, o juiz escreveu que: “Não há elementos seguros e idôneos demonstrando que o réu ameaçava a vítima. Não existe dados concretos demonstrando uma ligação entre o acusado e os executores do crime. Não se encontra no processo nenhum elemento demonstrando que o réu foi visto na companhia dos executores. Não se tem no processo nenhum elemento demonstrando a existência de negócios entre o acusado e os executores. Nenhum elemento concreto e idôneo aponta no sentido de ter o réu mandado executar a vítima”

A defesa de Eduardo Pereira disse que já esperava esta decisão e que com ela a justiça foi feita. Na época do crime, o empresário, que é dono de uma rede de postos de combustíveis, chegou a ser preso.

Wenceslau Leobas foi morto em Porto Nacional — Foto: DivulgaçãoWenceslau Leobas foi morto em Porto Nacional — Foto: Divulgação

Wenceslau Leobas foi morto em Porto Nacional — Foto: Divulgação

O crime

Wenceslau Leobas foi morto em 2016 aos 77 anos. Ele foi atingido por tiros no momento em que saía de casa e ainda ficou 17 dias internado antes de morrer. No mesmo dia da tentativa de homicídio, dois suspeitos foram presos. A polícia disse que um deles chegou a confessar a participação no crime.

Os dois acusados de executar o crime Alan Sales Borges e José Marcos de Lima iriam a júri popular, mas José Marcos foi encontrado morto dentro da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP) enquanto aguardava julgamento.

Duda Pereira era acusado de ser o mandante do crime. Na época, ele disse que estava sendo acusado injustamente. O crime teria ocorrido porque Leobas não aceitava participar de um cartel para alinhar o preço dos combustíveis vendidos.

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, Wenceslau Leobas, pretendia abrir um estabelecimento em Palmas. A intenção era praticar os mesmos preços do combustível vendido em Porto Nacional.

Fonte: G1 Tocantins