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Polícia Federal cumpre mandatos de prisão em Palmas de envolvidos em fraudes no seguro-desemprego; desvios ultrapassam R$ 10 milhões

sirene-da-policia-nova1A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 21, a Operação Àspides no Tocantins. A ação visa desarticular organizações criminosas que fraudavam o benefício previdenciário do seguro-desemprego em Palmas. A corporação também atuou com o mesmo objetivo em Redenção, no Pará, com a Operação Justa Causa II.

A Caixa Econômica Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foram os responsáveis por apontar a fraude e deram suporte à investigação da Polícia Federal. Conforme a corporação, a organização criminosa desviou no mínimo R$ 10 milhões dos cofres públicos, juntando os dois estados. As investigações também contaram com apoio dos Ministério Público Federal do Tocantins e Pará.

De acordo com a corporação, participaram da operação simultânea 40 policiais federais no Tocantins e 44 no Pará. Na Operação Áspides foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, sendo dois em Palmas e cinco em Redenção; e 13 mandados de busca e apreensão, quatro efetuados na Capital do Tocantins e nove no município paraense.

A Polícia Federal afirma que veículos de luxo, imóveis e uma moto aquática foram apreendidos. A Justiça Federal também determinou o bloqueio das contas bancárias dos suspeitos, a fim de garantir o ressarcimento do prejuízo suportado pela União, em face dos recursos desviados do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Na operação Justa Causa II, foram cumpridos 9 mandados de prisão preventiva e 9 de busca e apreensão.

Organização criminosa
Para fraudar o Seguro-Desemprego, as quadrilhas faziam a baixa do vínculo empregatício de trabalhadores comuns e, com a ajuda de um servidor da Caixa Econômica Federal de Palmas, desviavam os recursos para si e para terceiras pessoas.

Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato majorado, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas, caso condenados, podem chegar a 30 anos de reclusão.

Os presos, após interrogados, serão custodiados em estabelecimentos prisionais nas cidades de Palmas e de Redenção, onde ficarão à disposição da Justiça Federal.

(Cleber Toledo)