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PM encontra 14 celulares em presídios no norte do Tocantins

dsc05342Durante uma revista feita no presídio Barra da Grota e na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Araguaína, no norte do Tocantins, neste sábado (7), a Polícia Militar encontrou celulares, drogas, armas artesanais (chunchos), espelhos, cordas artesanais (teresas), pendrives, entre outros objetos. Só de celulares, que deveriam ser proibidos nas unidades, foram 14 no total.

A revista da PM teve respaldo da Justiça porque desde a greve da Polícia Civil, que completa 12 dias neste domingo (8), os presídios não eram vistoriados. De acordo com a PM, a ação foi feita nas celas e na área externo das unidades prisionais e teve como objetivo garantir a segurança dos presos, evitando conflitos, fugas e outras eventos que possam comprometer a segurança de toda a população.

Segundo a PM, na revista também foram encontrados oito cadeados que podem ter sido danificados e retirados de dentro das próprias unidades. Também foram localizadas lâminas de barbear. A ação terminou por volta das 17h.

Revista acontece após autorização da Justiça do Tocantins (Foto: Fabíola Selis/TV Anhanguera)
Revista acontece após autorização da Justiça do
Tocantins (Foto: Fabíola Selis/TV Anhanguera)

Operação
Ao todo, mais de 180 homens da PM, da Companhia Independente da Polícia Militar Rodoviária e Ambiental (CIPRA), do Corpo de Bombeiros e da Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE) participaram da operação. A revista foi autorizada pelo juiz da 2ª vara criminal e de execuções penais, Antônio Dantas, que também determinou que os policiais militares façam as escoltas de presos em audiências, em hospitais, visita da família e em assistências jurídicas.

Morte no presídio
A revista é realizada depois da morte de um detento no Presídio Barra da Grota. Fernando dos Santos Saraiva, de 29 anos, foi morto por estrangulamento e golpes de chuncho, uma espécie de faca artesanal feita com materiais como barras de ferro. A informação é de que haviam apenas dois presos na cela no momento do crime. Ele estava preso desde 2012 na unidade e havia sido condenado a 25 anos de reclusão por assalto a mão armada.

No momento do crime, parentes dos presidiários protestavam do lado de fora do presídio contra a proibição das visitas, que começou por causa da greve da Polícia Civil. Com faixas e cartazes, os manifestantes cobravam uma resposta da direção do presídio a respeito de uma decisão judicial que permitiria a visita aos detentos nas unidades prisionais da cidade.

CPP de Palmas
Esta é a segunda cidade no Tocantins onde a Polícia Militar intervém nos presídios e casas de prisão provisória. A primeira vistoria ocorreu em Palmas, na última quinta-feira (5). Foram encontrados na Casa de Prisão Provisória de Palmas, celulares, armas artesanais, espetos de ferros e um túnel de 10 metros de comprimento.

(G1)