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Nove crianças são operadas na rede pública de saúde do Tocantins em mutirão neste sábado

Um mutirão de cirurgias eletivas pediátricas, na especialidade de otorrinolaringologia, foi realizado neste sábado (13) no Hospital Geral de Palmas (HGP). Foram beneficiados 9 crianças, entre 3 e 12 anos de idade, que sofriam com problemas de adenoamigdalite.

A amigdalite é a inflamação das amígdalas, duas estruturas arredondadas e carnudas situadas nas extremidades entre o céu da boca e a língua. Elas protegem a garganta contra a invasão de micro-organismos. O procedimento cirúrgico realizado é o adenoamigdalectomia, que é a remoção das amígdalas e adenóides.

O médico otorrinolaringologista Rodrigo Betelli falou sobre os procedimentos e a recuperação. “Estas crianças apresentam como principais sintomas a amigdalite de repetição, com infecção bacteriana, que roncam, dormem com a boca aberta, o nariz vive entupido, não tem um sono reparador e isso afeta no desenvolvimento adequado. A cirurgia dura em torno de 10 a 15 minutos e a recuperação é muito rápida. Na maioria das vezes a criança no mesmo dia já dorme de boca fechada e tem uma melhora na qualidade de vida”, explicou.

“Nós já operamos mais de 200 crianças durante esse tempo que estou a cargo da cirurgia eletiva do Hospital Infantil e agora no HGP. A fila antes era de quase 5 anos para operar, hoje com 3 ou 4 meses o paciente consegue ser encaminhado para um otorrino da rede pública, passar por uma avaliação, ser encaminhado para a cirurgia e ser operado. Isso é muito bom pois desafoga os prontos socorros, evita o uso de antibióticos com frequência e diminui muito o risco de prejuízo do crescimento da criança,” ressaltou o especialista.

Moradora de Porto Nacional, Deuzeli Fidel é mãe da pequena Anallu Fidel, de 4 anos, uma das beneficiadas do mutirão. “Minha filha foi diagnosticada desde os três meses com adenoide, que causava muita crise de tosse, secreção, nariz entupido.  O caso dela já era de emergência pois segundo o médico ela já estava com 80% de comprometimento.  Nós fomos encaminhadas em junho para cirurgia e ela já vai passar pelo procedimento e se Deus quiser melhorar a qualidade de vida”, contou a mãe.

“Temos trabalhado para reduzir a fila de eletivas e consequentemente, o tempo de espera da população. Em nove meses fizemos mais de 6 mil cirurgias eletivas e graças às nossas equipes técnicas comprometidas, este trabalho está cada dia mais intensificado”, destacou o secretário de Estado da Saúde,  Afonso Piva.

Fonte: AF Noticias