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Governo vai enviar proposta para Congresso; greve continua, diz presidente da Seção Sindical dos Docentes

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Sem ceder às pressões dos professores das universidades e dos institutos federais, o governo federal afirmou que enviará nesta quinta-feira, 2, ao Congresso Nacional a proposta de reajuste salarial e de reestruturação do plano de carreira apresentada na semana passada.

O anúncio ocorreu nessa terça-feira, 1º, depois de quase três horas de reunião no Ministério do Planejamento e representantes da categoria.

Participaram da reunião, representantes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) e do Sindicato dos Servidores Federais.

No entanto, apenas a Proifes aceitou a proposta, que prevê reajustes de 25% a 40% e diminuição do número de níveis de carreira de 17 para 13.

O presidente da Seção Sindical dos Docentes (Sesduft), da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Vinícius Pinheiro Marques, criticou o posicionamento do Proifes.

“O Proifes não tem carta sindical para representar os professores das universidades federais, porque este documento pertence ao Andes. Outro ponto que não pode ser deixado de lado é que o Proifes representa apenas sete universidades no País, enquanto que o Andes representa 53 delas”, enumerou o presidente.

Marques adiantou que diante da “intransigência” do governo federal a orientação do andes é que a greve continue.

Diante da decisão do governo federal, o presidente da Sesduft  disse que agora serão realizadas novas assembleias nos sete campi da UFT. “Vamos debater agora o novo cenário. Ainda estamos definindo dia, horário e local, da que será realizada a assembleia geral, em Palmas”, disse o presidente, reafirmando que a greve continua.

Calendário
Enquanto durar as negociações entre governo federal e a categoria, o ano letivo das federais será prolongado até 2013. “Os estudantes precisam entender que o calendário acadêmico não é decidido pelos professores. Existe o conselho universitário e será ele quem vai decidir como vai ficar a questão da restruturação do calendário. Quando terminar a greve, o conselho vai se reunir com representantes dos acadêmicos para que eles coloquem a melhor forma da reposição das aulas”, explicou.

Estágios
Alguns estudantes que concorrem a estágios, inclusive, fora do País, reclamam que perderam prazo devido à greve que já perdura por 77 dias.

No entanto, o presidente afirma que vários acadêmicos já conseguiram realizar o intercâmbio. “Apesar da greve, duas alunas que foram aprovadas para fazer intercambio na Espanha, a UFT garantiu toda a documentação para que viajem neste segundo semestre”, afirmou.

IFTO
O CT tentou contato com o comando de greve do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO) para que avaliação a decisão do governo federal, mas até o fechamento desta matéria não teve sucesso.

(Cleber Toledo)