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Golpe do falso aluguel faz pelo menos três vítimas em Palmas

Divulgação
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As pessoas que estão procurando uma casa para alugar no Tocantins precisam ficar atentas. Um suspeito de praticar o golpe do falso aluguel no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Distrito Federal fez vítimas em Palmas também. Ele colocou o anúncio do imóvel na internet, se encontrou com os interessados para fechar o negócio, assinou o contrato de locação registrado em cartório e entregou as chaves do imóvel. As vítimas só não imaginavam que as chaves eram falsas. Três pessoas em Palmas, incluindo a dona da imobiliária responsável pelo aluguel, disseram que foram vítimas do golpe, mas a suspeita é que outras pessoas também tenham caído na conversa do estelionatário. O suspeito é Luiz Ricardo Caetano de Souza.

A administradora Gabrielly Cristiane dos Reis pagou R$ 900 para o suposto locador, em Palmas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
LocaçãoA administradora Gabrielly Cristiane dos Reis
pagou R$ 900 para o suposto locador, em Palmas
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Uma das vítimas foi a administradora Gabrielly Cristiane dos Reis. Ela contou que caiu no golpe no início desta semana. Gabrielly explicou que estava procurando uma casa para alugar, encontrou o anúncio na internet e entrou em contato. O locador apareceu no dia e hora marcados, disse que a casa pertencia a um irmão e não levantou qualquer suspeita.

“Ele é um rapaz bonito, de bom porte, se veste muito bem, fala muito bem. Você não desconfia em momento algum que seja um golpe. Ele sabe tudo, como se a casa fosse dele mesmo”, conta a administradora.

Gabrielly pagou R$ 900 ao suposto locador pelo aluguel do primeiro mês. Um contrato de locação foi feito, assinado e registrado em um cartório de Porto Nacional. Após as negociações, a nova inquilina recebeu as chaves e só quando tentou entrar na casa, percebeu a fraude. “Nós viemos até a casa para testar a chave e descobrimos que a chave não era da casa. Nós entramos em contato com ele, mas ele não atendeu aos nossos telefonemas”.

Rudes Willians Valentim Júnior se surpreendeu quando verificou que as chaves eram falsas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Rudes Willians Valentim Júnior se surpreendeu
quando verificou que as chaves eram falsas
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O servidor público Rudes Willians Valentim Júnior também foi vítima do golpe. Ele foi até a mesma casa, conseguiu abrir o portão, mas a chave que recebeu do locador não abriu a porta do imóvel. Júnior também mostrou um contrato de aluguel assinado e registrado em cartório. Ele pagou R$ 850 pelo aluguel. “O rapaz falava de uma maneira convincente e ele tinha todas as chaves, entrou e mostrou a casa inteira. Eu acreditei que ele fosse realmente o responsável pela casa”.

No contrato de locação das duas vítimas, há informações de que o suposto locador mora em um prédio da quadra 504 Sul. Mas lá os moradores, que não quiseram se identificar, não conhecem o suspeito e ninguém atende o interfone no apartamento que seria de Souza.

A dona de uma imobiliária Vânia Nogueira disse que também foi vítima do golpe (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
A dona de uma imobiliária Vânia Nogueira disse
que também foi vítima do golpe
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

A casa que foi usada para a prática dos crimes está de fato disponível para locação em uma imobiliária de Palmas. Segundo a dona da empresa, Vânia Nogueira, o suspeito se apresentou como cliente e pegou as chaves para visitar a casa. “Devolveu na hora marcada, falou que não tinha interesse no imóvel e no outro dia ligou uma senhora dizendo que tinha locado diretamente do proprietário. Minha funcionária assustou e falou para ela que a casa tinha uma proprietária e não um proprietário”.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública informou que o caso está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Polícia em Palmas e que o delegado já solicitou ao cartório de Porto Nacionalo processo de abertura de firma, aberta pelo estelionatário.

Este tipo de golpe é crime, está previsto no artigo 171 do Código Penal e se configura crime de estelionato. A pena prevista vai de 1 a 5 anos de reclusão, além de multa.