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Doria e Covas dizem que ‘desconhecem obstáculos’ para renovar contrato e manter Fórmula 1 em São Paulo

O governo de São Paulo e a Prefeitura da capital paulista divulgaram uma nota conjunta na qual dizem que “desconhecem qualquer obstáculo que possa inviabilizar a renovação do contrato” para manter o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 no Autódromo de Interlagos.

Nesta quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro disse que o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 deve voltar ser realizado no Rio. “Já está bastante avançado”, afirmou Bolsonaro. As provas seriam realizadas no futuro Autódromo de Deodoro, que ficaria pronto “em seis ou sete meses” e “sem dinheiro público”, segundo o presidente.

Ele foi além e disse que a corrida seria realizada no Rio já em 2020, quando ainda estará em vigor o contrato de São Paulo com a Liberty Media, grupo americano que controla a F-1.

O contrato atual vence em dezembro do ano que vem. Segundo as gestões do governador João Doria e do prefeito Bruno Covas, ambos do PSDB, desde novembro de 2018 São Paulo atua para renová-lo a partir de 2021.

Em seu anúncio, Bolsonaro disse: “Por ocasião da Fórmula 1 do ano que vem, ela será realizada no Brasil e no caso no Rio de Janeiro. São milhares de empregos, o setor hoteleiro feliz, com toda a certeza, sete mil empregos direto e indiretos que permanecerão para sempre. Ou seja, ganha o Rio de Janeiro, ganha o Brasil (…). Sem nenhum dinheiro público”.

“Após o resultado das eleições do ano passado, a direção da Fórmula 1 resolveu manter a possibilidade de termos provas no Brasil”, explicou o presidente. “Em São Paulo, como tinha participação pública [em Interlagos], uma dívida enorme, tornou-se inviável a permanência da F1 lá”, afirmou o presidente.

Autódromo no Rio

Imagem do projeto do novo autódromo do Rio de Janeiro — Foto: Divulgação
Imagem do projeto do novo autódromo do Rio de Janeiro — Foto: Divulgação

Segundo o Globoesporte.com, o novo autódromo do Rio terá o nome de Ayrton Senna. O orçamento inicial do novo autódromo é de R$ 850 milhões. A previsão é de que os setores de arquibancada (inclusive naturais) sejam capazes de receber até 130 mil pessoas.

Em sua conta no Twitter após a cerimônia, Bolsonaro afirmou que as obras seriam arcadas integralmente pela iniciativa privada. O presidente também afirmou que o autódromo será batizado em homenagem ao tricampeão de Formula 1 Ayrton Senna.

A última Fórmula 1 realizada no Rio foi em 1989. Ao todo foram dez GPs na cidade, todas no antigo autódromo. Desde 1990, a etapa é realizada em Interlagos, São Paulo.

Veja a nota conjunta do governo e Prefeitura de São Paulo

“A propósito do Grande Prêmio Brasil de F1, o Governo de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo informam que:

1 – há um contrato em vigor com a empresa responsável pela organização do GP Brasil de F1, válido até dezembro de 2020

2 – desde novembro de 2018, a Prefeitura de São Paulo atua para a renovação do contrato do GP Brasil de F1 na cidade de São Paulo, a partir de 2021. Há convicção de que o bom entendimento vai prevalecer.

3 – a Prefeitura de São Paulo e o Governo do Estado de São Paulo desconhecem qualquer obstáculo que possa inviabilizar a renovação do referido contrato

4 – o projeto de concessão do Autódromo de Interlagos ao setor privado, elaborado pela gestão João Doria e mantido pela administração Bruno Covas, tramita na Câmara Municipal e representa um importante ativo para a manutenção da área em sua proposta original, ou seja, o Autódromo Internacional de Interlagos.

Prefeitura de São Paulo e Governo do Estado de São Paulo

08 de maio de 2019″

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/05/08/doria-e-covas-dizem-que-desconhecem-obstaculos-para-renovar-contrato-e-manter-formula-1-em-interlagos.ghtml