Brasil

‘Devemos repudiar esses que querem sempre o desastre’, diz Dilma

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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (11) que é preciso “repudiar” aqueles que, segundo ela, “querem sempre um desastre” no país. Dilma voltou a defender o respeito à democracia e disse que, atualmente, há no Brasil um movimento de alguns setores da sociedade que considera que quanto pior o país estiver, melhor.

A presidente fez a declaração dois dias após a agência de avaliação de risco Standard and Poor’s anunciar que a nota do país foi rebaixada de “BBB-” para “BB+”, com perspectiva negativa. A agência é a primeira, entre as principais, a tirar do Brasil o selo de “bom pagador”. O rebaixamento da nota gerou repercussão negativa no meio político nos últimos dias.

“Nós vivemos hoje um momento que muita gente considera que quanto pior, melhor. Quanto pior, melhor para uma minoria. Quanto pior [o país estiver], pior para o conjunto da população brasileira. Nós devemos repudiar esses que querem sempre o desastre, sempre a catástrofe”, afirmou a presidente.

Dilma participou da divulgação do portal Dialoga Brasil em Teresina (PI). Lançado em julho pela presidente em Brasília, o Dialoga é um site por meio do qual o governo federal permite o envio de críticas e sugestões pela população sobre os programas conduzidos pelo país. Desde o lançamento, Dilma passou a viajar semanalmente para divulgar a página e já passou por diversas capitais.

“Este é um país democrático, que conquistou com muito esforço a democracia, a eleição dos seus governantes por voto direto. […] Nós somos um país que respeita as diferenças”, complementou Dilma.

Durante o discurso, a presidente reconheceu que o Brasil “passa por dificuldades” financeiras. Dilma, porém, pediu que União, estados e municípios trabalhem juntos para superar a crise. “Quando nós todos agimos em conjunto, nós somos capazes de transformar o país”, disse.

Transnordestina
Mais cedo, a presidente visitou as obras dos lotes 6 e 7 da ferrovia Transnordestina na cidade de Paulistana, sul do Piauí. Foi a primeira vez que Dilma visita as obras no trecho da ferrovia que passa pelo estado.

A previsão do governo é de que depois de pronta a Transnordestina transporte até 30 milhões de toneladas por ano, com destaque para minério de ferro e soja.

A ferrovia começou a ser construída em junho de 2006, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e deveria ter ficado pronta quatro anos depois, ao final do mandato. De acordo com o governo federal, o projeto prevê 1.753 quilômetros de ferrovia, beneficiando 81 municípios – 19 no Piauí, 28 no Ceará e 34 em Pernambuco.

G1