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Curso de medicina em universidade no Tocantins é o 2º mais barato do Brasil

Quais são e onde estão as faculdades de Medicina privadas mais caras e as mais baratas do país? É o que mostra um levantamento feito pelo portal Melhores Escolas Médicas.

Das cinco instituições com mensalidades mais elevadas, quatro estão na região Sudeste. Já os cinco cursos com as mensalidades mais baixas estão distribuídos no Nordeste, Norte, Sul e Centro-Oeste (dois destes no estado de Santa Catarina-SC).

O levantamento feito com base nos processos seletivos ofertados pelas instituições privadas no primeiro semestre deste ano mostra que os preços das mensalidades variam de R$ 4.984,51 na Universidade de Rio Verde (GO), a R$ 14.634,67 no Centro Universitário de Jaguariúna (SP).

Conforme o levantamento, o segundo curso mais acessível financeiramente no Brasil é o da Universidade de Gurupi (Unirg), no Tocantins, com mensalidade de R$ 5.060,23, por se tratar de uma instituição pública municipal de ensino superior.

No Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (Unitpac), em Araguaína (TO), o valor mensal é de R$ 9.322,68 – praticamente a mesma mensalidade cobrada pela instituição em Palmas. Já em Porto Nacional, o valor cai para R$ 8.972,10.

O investimento em Medicina é o mais alto dentre os cursos de graduação e os recursos financeiros que precisam ser disponibilizados na formação vão além das mensalidades da faculdade, que dura seis anos. Contudo, as perspectivas de retorno financeiro após a formação são boas. Por isso, antes de classificar uma faculdade de Medicina como ‘cara’ ou ‘barata’, é preciso levar em consideração os recursos físicos e humanos que ela disponibiliza para tornar a formação um processo alinhado às melhores práticas internacionais, correspondente aos requisitos estabelecidos pelo Ministério da Educação e outros órgãos de regulação.

“É importante ressaltar que o valor mais elevado da graduação de Medicina ocorre porque as instituições de ensino precisam de uma estrutura complexa para garantir a qualidade da formação dos alunos e o acesso pleno aos recursos técnicos e didáticos mais avançados da área”, afirma o médico e diretor dos cursos de Medicina do Instituto de Educação Médica (Idomed), Silvio Peçanha.

Seja em laboratórios anatômicos, multidisciplinares, microscopia, entre outros recursos, a formação em Medicina não se faz somente de forma teórica. Em média, 60% do curso é focado em aulas práticas. “Além dos laboratórios, existem os hospitais-escola, outro fator para o ticket médio da mensalidade de Medicina ser tão caro. Geralmente as escolas públicas de Medicina possuem seu próprio hospital-escola, mas privadas precisam fazer convênios com hospitais particulares, o que gera custos para a instituição de ensino”, pondera Silvio.

Segundo o médico e gestor educacional, para escolher onde estudar, o candidato ao curso de Medicina deve avaliar três pontos importantes: as oportunidades que a instituição promove para inserção do aluno em atividades práticas desde o primeiro período até o final do curso; o investimento em tecnologia, laboratórios e infraestrutura; e a qualidade do corpo docente. “Os professores não podem ser apenas bons médicos, eles precisam desenvolver habilidades docentes ou de preceptores. Isso também demanda investimento da faculdade nesses profissionais”, diz Peçanha.

(Com informações do Metrópoles)

Fonte: AF Noticias