DestaqueEstadoPalmas

Crise pode deixar 32 mil pessoas desempregadas em Palmas e milhares sem salário este mês

Com o comércio fechado nas principais cidades do Tocantins, obedecendo decretos municipais que visam prevenir a propagação do novo coronavírus (Covid-19), todas as empresas já está sentindo o impacto da paralisação das vendas.

Em Palmas, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) realizou uma pesquisa para entender o verdadeiro quadro das empresas e quais as consequências que a crise econômica vem trazendo aos empreendimentos.

Conforme a sondagem, mais da metade das empresas entrevistadas (56,5%) não tem condições financeiras de realizar o pagamento dos funcionários neste mês. Apenas 23,7% vão conseguirá arcar com a folha de pagamento dos funcionários e 19,9% ainda não sabem.

Ainda segundo a pesquisa, 60,2% das empresas pretende demitir funcionários nos próximos dias, sendo que 18,8% deve demitir até 75% do quadro; 17,1% até 50%; 11,6% até 20%; 8,8% até 30% e outros 3,9% deve demitir até 40% do quadro.

Já 39,8% não pretende demitir funcionários nos próximos dias.

O comércio de Palmas emprega aproximadamente 80 mil pessoas, essa expectativa de demissão pode deixar cerca de 32 mil pessoas desempregadas na Capital.

O presidente da CDL Palmas, Silvan Portilho, disse que é preciso ter cautela nas tomadas de decisões.

“A turbulência que essa epidemia está causando para nosso país atinge todos os setores. Na economia, o principal impacto direto será nos salários dos trabalhadores. A pesquisa mostra o que já está acontecendo na nossa cidade e muitas empresas que não vão conseguir arcar com as folhas de pagamento. Isso deve trazer ao menos uma reflexão: não sabemos se teremos remédio para curar essa epidemia de falência que está nos atingindo. Ninguém está livre dela. É o setor empresarial que produz emprego, renda e arrecadação de tributos para a manutenção dos municípios, estados e país”, disse.

Na pesquisa, os empresários sugerem que o governo adote alguma medida para atenuar o impacto dos gastos com tributos, seja a suspensão, parcelamento, adiamento ou isenção, bem como medidas específicas para pequenos empreendimentos.

A pesquisa foi realizada de 23 a 25 de março de 2020.

Fonte: AF Noticias