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Com operação rápida, polícia do Rio ocupa Complexo do Caju e Barreira do Vasco

Divulgação
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As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro ocuparam na madrugada deste domingo as comunidades da Barreira do Vasco e o Complexo do Caju, na zona norte da cidade.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Rio, a operação começou por volta das 5h da manhã e, depois de apenas 25 minutos, todas as ruas já estavam ocupadas.

A operação não teve incidentes graves e nenhum tiro foi disparado.

As comunidades fazem parte de alguns dos principais redutos do tráfico de drogas de todo o Estado do Rio de Janeiro, comandadas por uma facção responsável por grande parte dos roubos de carros na cidade.

As 13 comunidades do Complexo do Caju e a Barreira do Vasco têm mais de 20 mil habidantes, segundo informações do Insituto Pereira Passos com base no censo do IBGE de 2010.

As regiões ocupadas firam entre a zona portuária do Rio de Janeiro e a Avenida Brasil, sendo cortadas pela Linha Vermelha, que chegou a ter um trecho interditado, mas, por volta das 6h30 da manhã já estava liberado.

‘Uma área a menos’

A Polícia Militar informou que cerca de 1.400 membros do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) e 200 fuzileiros navais participaram da ocupação, junto com 17 blindados da Marinha, retroescavadeiras e os veículos blindados do Bope (conhecidos como ‘caveirões’).

Além dos blindados, também foram usados helicópteros durante a ocupação.

Agora, as áreas ocupadas vão receber duas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Ao todo, o Rio de Janeiro já tem 30 UPPs em áreas onde vivem cerca de 450 mil moradores.

Antes da ocupação, durante vários dias, os policiais anunciaram a operação e fizeram um cerco à região e, apesar do saldo positivo deste domingo, a polícia acredita que os principais chefes do tráfico do local já tenham ido embora.

A polícia afirma que o objetivo no caso destas comunidades era de retomada do território e não de confronto.

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, acompanhou a ocupação a partir do Quartel General da PM, no centro da cidade, e conversou com os policiais antes do início da operação.

‘Vai ser uma área a menos onde vocês vão ter que operar fazendo a guerra’, afirmou o secretário em um discurso informal para os policiais.

(MSN)