Estado

Clínicas e hospitais credenciados ao Plansaúde retomam atividades nesta sexta

Divulgação
Divulgação

Clínicas e hospitais credenciados ao Plansaúde retornam as suas atividades a partir desta sexta-feira, 22. A informação é do diretor financeiro do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe), Samuel Chiesa.

No entanto, os médicos decidem nesta tarde em reunião na sede do Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (Simed) se irão acatar as propostas apresentadas pelo governo. “É bem provável que eles também retornem a partir de hoje [sexta-feira] atender os usuários do plano”, disse.

Está prevista para o dia 1º de abril a assinatura do Termo de ajuste de Conduta (TAC) entre a Defensoria Pública, a Confederação Unimed Centro-Oeste Tocantins, o governo e as entidades envolvidas. “Este TAC é para que o governo e a Unimed se comprometam não atrasar mais o repasse aos prestadores de serviços”, esclareceu Chiesa, acrescentando que o contrato com a operadora vai ser estendido apenas até a realização da nova licitação.

Neste TAC, conforme o diretor financeiro, o secretário de Administração, Lúcio Mascarenhas, que estava presente na reunião, concordou com a proposta do Sisepe referente à participação do sindicato, Simed e o sindicato do prestador de serviço, participem das reuniões do Conselho de Administração e Fiscal do Plansaúde.

Assembleia
Um requerimento de autoria do deputado estadual Amélio Cayres (PR) que solicita a criação de uma Comissão Especial Temporária para acompanhar as negociações entre governo e o Plansaúde foi aprovado na sessão dessa quarta-feira, 20. “Ele participou da reunião de hoje [sexta-feira] e se comprometeu em viabilizar junto a Assembleia que nossa presença seja assegurada no Conselho”, destacou.

Prejuízo
Para Chiesa, a interrupção dos atendimentos médicos aos credenciados do plano foram significativos. “Para o servidor público foi prejuízo foi imenso. Diante de impasse muitas gestantes, por exemplo, estavam temerosas com a realização do parto”, contou.

Nessa sexta-feira, 15, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe), Cleiton Lima Pinheiro, afirmou que vai cobrar que o governo assuma 100% das despesas médicas, caso um usuário do Plansaúde precise de atendimento e este seja negado.

“O assunto não foi tema da reunião de hoje [sexta-feira], mas o sindicato vai buscar esta reparação junto ao governo, com certeza. A pessoa que foi prejudicada pode procurar o Sisepe, o qual fará todas as gestões para que ela não tenha nenhum prejuízo. O usuário pagou e merece ser indenizado”, garantiu Chiesa.

Propostas
Na reunião realizada nesta quinta-feira, 21, na Defensoria Pública, o governo apresentou as seguintes propostas: regularizar o pagamento em 120 dias; elaboração de termo de referência para a próxima licitação em conjunto com representantes dos prestadores de serviços, pessoa física e jurídica, com data para entrega conforme definido junto a Defensoria Pública; renovação do contrato com a atual operadora pelo prazo de nove a 12 meses, tempo suficiente para a realização de nova licitação e eventual período de transição; e que os repasses sejam realizados diretos a pessoas jurídicas.

Simed
Desde o dia 13, por orientação do Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (Simed), os médicos credenciados ao Plansaúde interromperam os atendimentos com medo de “calote”.

“A orientação é que os atendimentos aconteçam de forma imediata. As faturas entregues em dezembro e que deveriam ter sido pagas em janeiro, até esta data estão atrasadas. Além desta, já existem três prestações de serviço sem ser quitadas”, criticou a presidente do Simed, Janice Painkow, afirmando que os médicos estão com medo de levar “calote”.

Para a presidente, o governo não tem um mecanismo de cobrança. “Quando ele [o governo] passa o dinheiro para a confederação, ele não tem como cobrar o repasse”, disse.

Segundo ela, o governo não tem um plano de gestão para o futuro do Plansaúde. “O contrato entre a Confederação Unimed Centro-Oeste Tocantins, termina agora no dia 15 de abril e até o momento nada foi discutido a respeito”, lembrou a presidente.

(PortalCT)