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Climão: Wanderlei estaria chateado com deputado, que rebate: ‘pessoas estão plantando a discórdia’

O clima é de tensão na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), nesta quarta-feira (13), especialmente em relação ao deputado estadual Nilton Franco (REP), o relator da proposta de Reforma da Previdência do servidor público estadual.

Após proferir um discurso duro no plenário da Casa, nesta segunda-feira (11), fontes ouvidas pelo AF Notícias afirmaram que Nilton teria cogitado uma visita ao Palácio Araguaia para conversar com o governador Wanderlei Barbosa. Porém, segundo as fontes, o presidente da Aleto, Amélio Cayres, o desaconselhou, ao menos por enquanto, pois o governador teria demonstrado profundo descontentamento com as declarações do parlamentar.

“Não me surpreenderia se os indicados do Nilton fossem exonerados por todo o Estado”, comentou a fonte. Um dos deputados estaduais, durante conversas informais com representantes de classe na Tribuna de Honra da Casa, confirmou que a imagem política de Nilton Franco foi prejudicada após o episódio. “Se queimou atoa”, disse.

Outro parlamentar, ao ser questionado pela reportagem sobre o episódio, manifestou que a intensidade da abordagem do deputado não era necessária, insinuando que tal atitude poderia ter sido evitada.

O que diz o deputado?

AF também conversou com o deputado Nilton Franco. Ele afirmou que sua intenção nunca foi, de maneira alguma, atingir o governador. “Até porque o rombo do Igeprev é um rombo passado. Quando eu falo de corrupção, eu falei dos governos anteriores, até porque o governo do governador Wanderlei é um governo que eu pertenço a ele, e é um governo que está bem recente. Nós não temos nem um ano de governo ainda, depois que ele foi eleito, então não foi com essa intenção. E a gente tem que ter o cuidado, porque tem pessoas que estão plantando a discórdia, e eu não estou aqui para ouvir essas pessoas, tem pessoas que estão lá asseguradas pelo cargo”, declarou.

Nilton reforçou que os deputados estão ali na condição de representantes do povo e que ele está fazendo o possível para atender o governo e os servidores como presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação. “Então essa é a intenção. Não foi atingir o governo de forma alguma, até porque é um governo que eu pertenço a ele, sou do partido dele. Só tem que ter cuidado das pessoas que estão cercando o governador, que as pessoas que não têm voto, que estão lá criando situação que não existe”, disse.

Pressão 

Além das tensões políticas, os legisladores também enfrentam pressão por parte de servidores e sindicatos em relação à Reforma da Previdência. Durante conversas informais na Tribuna, um dos deputados chegou a levantar um ponto interessante ao questionar a ausência de mobilização quando juízes ou desembargadores proferem decisões desfavoráveis aos servidores. Essa reflexão levanta um debate sobre a seletividade das mobilizações em diferentes contextos.

Fonte: AF Noticias