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Cavalgada leva milhares de pessoas às ruas, mas é marcada por confusão durante o percurso

Divulgação
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Milhares de pessoas acompanharam neste domingo, 02, a 25ª edição da Cavalgada de Araguaína. O evento, que faz parte da programação da 45ª Exposição Agropecuária de Araguaína (Expoara), contou com a participação de cerca de 5.500 cavaleiros e amazonas, divididos em 40 comitivas. Cada uma, a seu estilo, levou alegria e tradição para as ruas da cidade.

O cortejo saiu por volta das 9h da concentração, na Avenida Bernardo Sayão, seguindo pela Avenida Cônego João Lima em direção a Praça das Bandeiras. Na sequência, tomou a Rua Getúlio Vargas, de onde partiu até a Avenida Filadélfia, encerrando em frente à Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Impressões do público

Ao lado dos dois netos, a dona de casa Maria da Conceição, de 56 anos, conta que faz questão de participar da cavalgada desde a primeira edição: “É o maior evento da cidade. Quem é araguainense de coração não abre mão de pretigiar”.

Pela primeira vez na cavalgada, o estudante Paulo Vicente da Silva, de 19 anos, explicou que nunca viu nada igual: “Já participei de algumas cavalgadas, inclusive em Goiás, mas nada como esta. Fiquei impressionado”.

Com abano na mão, a enfermeira Lúcia Soares, de 25 anos, só se queixou do calor intenso que fez durante o desfile: “A festa é linda, mas este ano, parece ter feito muito mais calor do que no ano passado. Haja protetor solar!”.

Para o servidor público Márcio Ribeiro, de 34 anos, a organização da cavalgada em 2013 deixou a desejar: “Achei um tanto desorganizada este ano. Muitas comitivas desfilaram sem música, algumas desordenadas, com espaços grandes entre os cavaleiros. Além disso, faltou lixeiras na Cônego. Depois do evento, era possível ver a quantidade de lixo espalhada pela principal avenida da cidade”.

Cavaleiros e amazonas

Desfilando pela quinta vez, o cavaleiro Raimundo Nonato, de 28 anos, descreveu a emoção de participar do evento: “Só quem participa sabe o quanto é gratificante. Todo ano participo e sempre me emociono com a beleza da festa”.

Estreando na cavalgada, a estudante Mariana Ferreira, de 21 anos, aprovou a experiência: “Apesar do calor forte, deu para me divertir bastante”.

Cavaleiros e amazonas colorem a Avenida Cônego João Lima durante a cavalgada. Foto: REDE TO/Tarcísio Sousa

Confusão

Mas nem tudo foi festa na 25ª Cavalgada de Araguaína. Uma confusão envolvendo um motociclista e um grupo de cavaleiros quase termina em tragédia. A equipe da REDE TO acompanhou o que aconteceu.

Incomodados com o barulho das motos, que assustava os cavalos, alguns participantes da comitiva “Arreio de Ouro” partiram para cima de um dos motociclistas, que foi derrubado da moto juntamente com a criança que estava com ele. Apesar do susto, o garoto sofreu apenas ferimentos leves. O motociclista, que é pai dele, foi agredido a socos e pontapés. Até um chicote foi usado durante o confronto. Uma terceira pessoa, que tentou separar a briga, também acabou apanhando. O episódio violento durou cerca de 15 minutos, sendo encerrado somente depois que dezenas de pessoas interviram.

Embora a cavalgada conte com segurança especial, nenhum policial estava presente durante o tumulto.

         Imagens mostram motociclista sendo agredido                                                               Fotos: REDE TO/Tarcísio Sousa

História

Com 25 anos de história, a Cavalgada de Araguaína é uma homenagem da cidade aos antigos tropeiros que percorriam a região norte do Goiás, atual Tocantins. Segundo os organizadores, ela representa a conexão da cidade com o campo e sua ligação com as raízes rurais.

Mesmo não constando no livro dos recordes, o Guiness, a cavalgada tem fama de ser a maior do mundo.

Cavalgada de Araguaína é uma das mais tradicionais do Tocantins. Foto: REDE TO/Tarcísio Sousa

(RedeTo)