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Causas da deficiência visual podem ser evitadas ou curadas em 80% dos casos

Diagnóstico tardio atrapalha as chances do paciente não perder a visão

Ler, escrever, andar, se localizar, evitar situações de perigo e principalmente descobrir e interpretar as maravilhas do mundo por si mesmo, sem depender da descrição de outras pessoas. Estas são algumas das melhores coisas que são possíveis por causa da capacidade de enxergar. Mesmo assim, muitas pessoas ignoram os sintomas de que algo não vai bem com a saúde dos olhos e acabam não buscando um especialista já nos primeiros sintomas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% de todas as causas de deficiência visual são preveníveis ou curáveis, o que não impede que 33,6 milhões de pessoas no mundo percam a visão anualmente. E as estimativas para os próximos ano é de que esse número aumente ainda mais. Uma pesquisa publicada na revista The Lancet Global Health prevê que, até 2050, 61 milhões de pessoas em todo o mundo não enxergarão mais.

Para a médica oftalmologista do Hospital de Olhos, Ana Beatriz Dias, o cuidado com a saúde dos olhos precisa sempre ser uma prioridade. “A medicina evoluiu muito e diversas doenças hoje têm a possibilidade de cura ou pelo menos de controle, mas muitos pacientes deixam para pedir ajuda quando o problema já se agravou demais. A pessoa começa a ter dificuldade para ler, a enxergar embaçado, sentir dores de cabeça, coceira nos olhos, sensibilidade à luz e vai ignorando”, explica a especialista.

O dia 13 de dezembro foi instituído como o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual no Brasil. Por aqui, segundo o IBGE, 6,5 milhões de pessoas têm alguma deficiência visual, sendo que mais de meio milhão perderam totalmente a visão. A médica explica que entre as principais causas da cegueira estão a catarata, o glaucoma, o tracoma e o diabetes. “Com diagnóstico precoce e um profissional capacitado, essas doenças podem ser tratadas ou controladas evitando a cegueira. A cirurgia de catarata, por exemplo, é pouco invasiva e de recuperação visual rápida”, afirma. A recomendação é fazer visitas no mínimo anuais ao oftalmologista ou sempre que perceber algo diferente nos olhos ou com a visão.

Fonte: Precisa Assessoria