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Caos na UPA Sul: faltam mais de 30 tipos de medicamentos e não há testes para covid-19

Profissionais da saúde que trabalham na Unidade de Pronto Atendimento da região sul de Palmas, a UPA Sul, denunciaram ao Ministério Público do Tocantins (MPTO) o desabastecimento quase total do estoque de medicamentos. A lista vai desde medicamentos básicos, como dipirona e paracetamol, até os destinados ao tratamento de pacientes da covid-19.

Nessa quinta-feira (6), 19ª Promotoria de Justiça da Capital expediu recomendação à nova secretária municipal da Saúde, Valéria Paranaguá, para que sejam sanadas as deficiências, principalmente as relacionadas ao tratamento da Covid-19.

O município de Palmas já recebeu mais de R$ 40 milhões para enfrentamento da pandemia e, segundo a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB), mais de R$ 20 milhões já foram empregados em ações de combate à pandemia.

Apesar da cifra milionária, mais de 30 tipos de medicamentos estariam em falta na UPA Sul, confirmando a veracidade do áudio do médico Volnei Pimenta, que viralizou nas redes sociais.

Segundo as informações dos profissionais de saúde repassadas ao Ministério Público, estão em falta os seguintes medicamentos:

– Ranitidina

– Complexo B

– Dramim

– Hidralazina

– Medicamentos para uso em paradas cardiorrespiratórias

– Dipirona

– Paracetamol

– Azitromicina

– Ivermectina

– Hidroxicloroquina

– Alopurinol

– Amitriptilina

– Fenobarbital

– Amoxilina

– Permetrina

– Doxiciclina

– Doxasozina

– Cinarizina

– Miconazol

– Levomepromazina

– Clomipramina

– Fenitoína

– Bromazepam

– Biperideno

– Budesonida

– Dexametasona

– Carvedol

– Metoprolol

– Dexametasona

– Metildopa

– Levotiroxicina

– Gliclazida

– Antibióticos injetáveis utilizados em pacientes graves de Covid-19.

O MPTO recomenda que todos esses medicamentos sejam adquiridos em conformidade com a demanda da unidade, para que não ocorra um rápido desabastecimento.

SEM TESTES DE COVID-19

Segundo o documento, também estariam em falta testes rápidos para Covid-19, inviabilizando a tomada de decisões imediatas pelos profissionais da saúde e levando os pacientes a serem orientados a retornarem para suas casas sem conclusão de diagnóstico.

Sobre esse ponto, a Promotoria de Justiça também recomenda que os testes sejam disponibilizados de forma urgente e na quantidade adequada para a demanda local.

SEM PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Diversas representações encaminhadas à 19ª Promotoria de Justiça da Capital relatam irregularidades nas escalas de plantões, com ausência de médicos e enfermeiros.

Também há relatos de que médicos sem experiência para proceder a intubação de pacientes estão atuando na unidade. Quanto a isso, é recomendada a contratação adicional de profissionais e a oferta de capacitação para o procedimento de intubação.

Por fim, o promotor de Justiça recomenda à Secretaria Municipal de Saúde que seja providenciada a  pronta internação de pacientes com indicação médica para leitos de UTI, pois há relatos sobre pacientes que se permanecem na UPA, inclusive sem alimentação intravenosa, enquanto precisam de leito de terapia intensiva.

A recomendação é assinada pelo promotor de Justiça Thiago Ribeiro. A partir do recebimento do documento, a gestão tem prazo de 5 dias para informar as providências adotadas.

UPA Sul enfrenta caos na saúde pública

Fonte: AF Noticias