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Câmara Setorial do Arroz realiza reunião para atualizar agenda

revisao-agenda-cadeia-produtiva-do-arroz-por-ademir-dos-anjos-6Ferramenta permite ampliar discussões, construir planos e projetos de médio e longo prazo para o desenvolvimento da cadeia produtiva com competitividade e sustentabilidade

Representantes de instituições públicas e privadas ligadas à cadeia produtiva do arroz no Tocantins estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira,19, na sede da Federação das Indústrias (FIETO) em Palmas, para revisar a Agenda Estratégica do setor para os próximos 5 anos.

A primeira edição do documento, que destaca as ações estabelecidas pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz, com uma visão de futuro, foi publicada em 2010 com o objetivo de estabelecer um plano de trabalho, facilitar e organizar ação conjunta nos assuntos de interesse comum, bem como implementar políticas públicas e privadas para o agronegócio.

Sob a coordenação do Sindicato dos Beneficiadoras de Arroz do Estado do Tocantins (Sindiato/TO), filiado à FIETO e representante na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz para as regiões Norte e Nordeste, fizeram observações sobre cada tema, itens e diretrizes e apresentaram sugestões para a nova Agenda. Depois de compiladas, elas serão enviadas à secretaria da Câmara em Brasília para serem avaliadas e, caso sejam acatadas, constarão na nova edição do documento. O mesmo processo está sendo feito em outros estados.

“Essa revisão é necessária para que possamos ver o que está funcionando e o que não está, e também o que mudou nos últimos 5 anos. Algumas coisas, por exemplo, foram colocadas de um jeito na Agenda mas na prática funcionam de forma diferente, ou não estão funcionando como deveria, e o que nós queremos é fazer funcionar ”, observa Carlos Augusto Suzana, presidente do Sindiato. Entre os problemas constantes no documento atual, citados por ele, estão a questão da qualidade do grão, as pesquisas, novos cultivares e práticas de combate a pragas, além dos entraves burocráticos.

E foi justamente a qualidade do arroz produzido no Tocantins, bem como a forte concorrência, as questões mais debatidas entre os participantes da reunião. Preocupados com a grande quantidade de marcas de arroz que atualmente estão sendo comercializadas no estado, a grande maioria de fora, alguns empresários e produtores chegaram a defender ações para proteger a indústria local. 

Sobre essa questão, o presidente do Sindiato enfatizou que o grande gargalo do Tocantins é não consumir tudo que produz, o excedente é enviado para Goiás, Maranhão e Mato Grosso que, por sua vez, possuem barreiras fiscais que praticamente impedem a entrada do arroz tocantinense em seus mercados, o que não acontece aqui. “Elas (as barreiras fiscais) até existem, mas não estão sendo fiscalizadas. Esse é o maior problema, que termina criando uma concorrência desleal, prejudicando produtores e empresários do estado”, afirmou.