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Câmara de Palmas tem novo vereador por 10 minutos; Mauro Mota é empossado, mas abre mão

O suplente Mauro Mota (UB) teve uma passagem relâmpago pelo cargo de vereador de Palmas durante a sessão ordinária desta terça-feira (13). Ele obteve 843 votos em 2020 e foi convocado para a vaga de Márcio Reis (União), que assumiu a presidência da Fundação Municipal de Juventude.

Encerrados os discursos e formalizados os documentos de posse, os vereadores foram chamados pelo presidente Folha Filho (PSDB) para uma reunião a portas fechadas, suspendendo-se a sessão pelo prazo de 10 minutos.

Na volta do intervalo, a surpresa! O recém-empossado agradeceu a calorosa recepção, porém, justificou que – utilizando a prerrogativa do Regimento Interno da Câmara – naquele ato, estava solicitando seu afastamento, para ceder a vaga ao segundo suplente, Rubenaldo Maia da Silva (PSL), conhecido popularmente por Benna Maia, que obteve 806 votos em 2020.

Presidência da Agência de Mineração do Estado pesou mais que o exercício da vereança

Mauro Mota justificou que sua decisão tem como base o fato de estar no exercício do cargo de presidente da Agência Estadual de Mineração, onde prefere ficar, pelo menos, por enquanto. Revelou ter compromissos com a administração estadual e que necessita respaldar a decisão do governador Wanderlei Barbosa (REPU) de nomeá-lo para essa missão.

Logicamente, não pelas verbas salariais, uma vez que na condição de servidor estatutário do Estado e no exercício da presidência da AME-TO, recebe basicamente o mesmo valor que um vereador da capital, a decisão de Mota passa pela falta de autonomia no gabinete parlamentar na condição de suplente.

Todos os servidores estão compromissados com o titular, vereador Márcio Reis. Além disso, outras benesses são privativas dos detentores de mandato, aliado ao fato de Reis poder voltar ao cargo a qualquer momento.

Na linha oposta, como presidente da Agência de Mineração, acontece exatamente o contrário, pois goza de autonomia, poderes de decisão e servidores sob seu comando. A decisão parece ser acertada, portanto. Ele evitou trocar o certo pelo duvidoso, mesmo que este último pudesse lhe render “frutos políticos”.

Prestação de contas do segundo suplente chama atenção!

Em relação ao segundo suplente Benna Maia, sua posse é um verdadeiro presente de aniversário, já que ele nasceu em 12/06.

Mas o quê chama a atenção são os gastos declarados à Justiça Eleitoral na prestação de contas de 2020. Segundo os dados, Maia arrecadou R$ 55.432,75 e gastou a ínfima importância de R$ 33.183,45 para se tornar suplente e, agora, vereador na capital do Tocantins. Neste caso, oficialmente, o custo do voto foi apenas R$ 41,17. Uma façanha realmente impressionante…

 

Fonte: AF Notícias