Aumento de impostos pelo governo federal preocupa comércio tocantinense
Os anúncios do governo federal sobre o aumento de impostos este ano, com o intuito de aumentar a arrecadação em R$ 20,6 bilhões, preocupam empresários e consumidores em todo o Brasil. Para o presidente da Fecomércio e do Sindicato do Comércio Varejista do Estado do Tocantins (Sicovar), Itelvino Pisoni, essas medidas vão impactar a economia tocantinense e são motivos de preocupação para os comerciantes.
“O aumento dos combustíveis vai onerar os custos de produtos e serviços, visto que o transporte deles em sua maioria é feito via rodovias, além da produção agrícola, que também depende dos combustíveis. Além do aumento dos impostos, temos também o já anunciado aumento da taxa de energia elétrica”, afirmou o presidente da Fecomércio Tocantins.
Segundo Itelvino, as atitudes do governo federal são “decepcionantes”, pois o setor esperava que os impostos iriam diminuir, fazendo uma correção de despesas, no entanto aumentaram ainda mais os tributos.
As medidas anunciadas como “de correção” pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nessa segunda-feira, 19, impactarão nos setores dos cosméticos, combustíveis, importados e no crédito. De acordo com o ministro, as medidas visam “aumentar a confiança e a disposição das pessoas em fazer investimentos no Brasil.
Impostos
Os tributos sobre os combustíveis, Cide, PIS/Cofins, que antes estavam suspensos, retornam, fazendo com que a gasolina tenha acréscimo de 22 centavos por litro e o diesel, de 15 centavos, nas refinarias.
Já o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) referente a empréstimos em bancos aumentou de 1,5% para 3% ao ano, a partir dessa quinta-feira, 22, conforme publicado no Diário Oficial da União. A alíquota de PIS/Cofins de 9,25% vai subir para 11,75% sobre os produtos importados. E no setor de cosméticos, os atacadistas serão equiparados aos industriais quanto à cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
(Cleber Toledo)
