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Associação lamenta unificação de promoções e diz que Estado tentou encobrir a questão anunciando concurso da PM

A571f77d4890aeA Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-TO), através de sua Diretoria Executiva, manifestou a sua indignação e preocupação com os policiais militares do Estado, os quais, segundo a associação, se encontram fisicamente e psicologicamente abalados com as decisões que tem sido tomadas pelo comitê gestor e governador do Tocantins.

Para a Apra, o anúncio feito na tarde desta segunda-feira (25) pelo Estado seria um “golpe” contra os militares, que questionaram o adiamento das promoções que deveriam ter sido concedidas no último dia 21 e devem ser efetivadas somente no dia 25 de Agosto, data alusiva ao Dia do Soldado.

A nota publicada no site da PMTO, justifica que as promoções não foram realizadas na data prevista porque, segundo avaliação de impacto realizada pelo comitê gestor, o Estado não teria disponibilidade financeira. A medida provisória que define a nova data de promoções foi enviada hoje para a Assembléia Legislativa.

Para a associação, a decisão do comitê gestor e do governador do estado só serviu para aumentar ainda mais a desmotivação que já há algum tempo tem tomado conta da categoria militar no Tocantins: “Observamos com tristeza o Estado argumentar que não tem condições financeiras para implantar justas promoções de policiais militares com 25, 26 e 27 anos de serviço prestado à sociedade e no entanto, publicar quase que diariamente nomeações e mais nomeações no diário oficial”, observa.

A nota lembra que até hoje policiais militares com mais de 25 anos de efetivo serviço sentem os efeitos negativos de terem ficado de fora das promoções anteriores por uma diferença de apenas 39 dias: “Senhores estes que, voltamos a enfatizar, são os homens que deixam suas famílias em casa para patrulharem dia e noite as ruas do nosso Estado e proteger as famílias dos cidadãos civis, superando a falta de estrutura, carga horária excessiva, entre outras problemáticas que assolam a PMTO”.

Um cenário cenário de clara desvalorização do policial militar”, foi como a APRA classificou a situação atual: “O Estado simplesmente decide unificar as datas de promoções visto que antes, mesmo estabelecidas duas datas, já não conseguia resolver a questão. Agora querem que o militar acredite que o impasse será resolvido com apenas uma data. Da mesma forma que mudaram a data do pagamento, da mesma forma que parcelaram a data base e o seu retroativo e não cumprem o reembolso, da mesma forma que descontam os consignados e não repassam para as instituições financeiras, o adiamento e a unificação das datas de promoções representam mais um grande prejuízo para a categoria militar”.

A nota lamenta ainda a falta de diálogo com as instituições militares as quais, de acordo com a associação, tomam decisões de forma unilateral e às entidades representativas só é dado direito de conhecimento através da imprensa.

Concurso da PM

Sobre o concurso da PM e retomada de certames em andamento divulgado na mesma reunião, a APRA considera que o anúncio foi feito para tentar encobrir a questão das promoções: “Tal ato foi injusto e desrespeitoso para com os militares. Como consequência das atitudes adversas e desprovidas de integridade deste governo, agora temos mais de 900 policiais militares em busca de tratamento psicológico e muitos prestes a darem entrada em suas aposentadorias e aqueles que, apesar de tudo, ainda estão nas ruas experimentam a amarga sensação de terem sua auto estima cada vez mais próxima do fundo do poço”, finalizou.

(Portal O Norte)