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Alvo das críticas dos manifestantes do Tocantins, Siqueira vai a reunião com Dilma nesta segunda-feira

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A presidente Dilma Rousseff convidou os governadores e prefeitos para uma reunião nesta segunda-feira, 23, às 16 horas, em Brasília. A Agência Tocantinense de Notícias (ATN) confirmou ao CT o convite ao governador Siqueira Campos (PSDB), que já confirmou sua presença. Às 13h30, Dilma terá encontro com líderes dos protestos que ocorrem no país.

Para participar, Siqueira cancelou sua participação na solenidade de inauguração da Justiça Federal, em Palmas, marcada para às 16 horas desta segunda.

É o primeiro ato concreto de Dilma após a onda de manifestações que se espalha pelo País há duas semanas. No pronunciamento de sexta-feira, 21, a presidente disse que conversaria com os governadores e os prefeitos das principais cidades do País para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos. Segundo ela, o foco será: primeiro, a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo. Segundo, a destinação de 100% do petróleo para a educação. Terceiro, trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS.

Esse plano foi criticado pelo jornalista Fernando Rodrigues, em análise do pronunciamento da presidente publicada pelo UOL na sexta-feira. “Por exemplo, o Plano Nacional de Mobilidade Urbana. Agora? A menos de um ano da Copa do Mundo?”, questionou. “E os prefeitos e governadores em Brasília? Esse tipo de reunião é tão improdutiva como a do ministério de Dilma – que com 39 integrantes precisaria de mais de um dia de reunião se todos falassem por meia hora.”

No foco dos manifestos
O governador Siqueira Campos foi o principal alvo das críticas do manifesto de Palmas, que levou às ruas na quinta-feira, 20, milhares pessoas – cerca de 30 mil, segundo a organização do movimento. Siqueira foi hostilizado por manifestantes na porta do Palácio Araguaia e também em frente à sua residência, na Arse 21. Os manifestantes pediam a renúncia do governador.

Ele foi tratado da mesma forma em manifestação de Araguaína, que movimentou cerca de 5 mil pessoas. Elas também pediam a renúncia do governador.

Em nota à imprensa na sexta-feira, Siqueira afirmou que o governo do Tocantins “se mantém atento e colhe as boas lições da juventude”. “É uma coisa muito salutar na vida do nosso Estado e do país de maneira geral. Houve excessos, mas, de maneira geral, o tom foi pacífico. E o próprio movimento, como organismo vivo, acaba depurando os responsáveis por atos de violência e vandalismo que se infiltram como aproveitadores entre as pessoas de bem”, declarou.

Em outra nota, o governo do Tocantins disse respeitar as manifestações, mas repudiou “atos isolados de violência e vandalismo”.

(Cleber Toledo)