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Alunos protestam e exigem volta de professor que foi retirado da escola por discordar de diretor

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O clima entre os alunos e a direção do Centro de Ensino Médio Paulo Freire – CEM Paulo Freire esquentou. O Portal O Norte recebeu denúncias de estudantes do colégio de que o diretor Joaquim Nunes teria pedido a remoção do professor de Química, Edmilson Soares da Silva Costa, e de mais dois servidores, Edirsolei Nunes, que é orientadora educacional e o bibliotecário, Evandro. A dispensa dos três servidores teria sido motivada por questões pessoais entre o diretor da escola, Joaquim Nunes, e os servidores.

Insatisfeitos com a saída principalmente do professor de Química, os alunos do colégio fizeram uma manifestação pedindo o retorno imediato de Edmilson, que foi removido para o Colégio Estadual José Aluísio, no setor Coimbra. Já a educadora educacional Edirsolei teria sido removida para o CEM Castelo Branco, e Evandro, para a Escola João Alves.

Os estudantes garantem ainda que só vão parar os protestos quando o professor de Química voltar a dar aulas na escola. “Queremos o mesmo professor, vamos fazer outro protesto se ele não voltar pra cá”, diziam os alunos.

De acordo com Edmilson, na escola para onde foi removido não há vaga para ele, por isso estaria parado e só cumprindo horário. “Enquanto o Estado está precisando de professores, eu estou aqui sem fazer nada, parado, sem qualquer atividade, pois na escola não existe vaga para mim. Estou aqui apenas cumprindo horário, mas eu quero trabalhar, pois sou professor e ganho para isso”, disse.

Perseguição

Segundo o professor Edmilson, o diretor Joaquim estaria perseguindo os três servidores desde 2011, quando teriam começado as desavenças pessoais. Edmilson acusa o diretor de agir de má-fé na condução da escola. “Ele persegue a gente porque nós não concordamos em fazer as coisas erradas que ele quer que façamos”, diz Edmilson.

Outro motivo que teria levado o diretor a remover o professor seria porque Edmilson não teria aceitado subir a nota dos alunos para que os mesmos fossem aprovados. “O diretor mandou que eu subisse a nota dos estudantes e eu não aceitei fazer isso. A partir daí ele ficou com raiva de mim e começou a me perseguir”.

Outra acusação do professor contra o diretor é com relação a uma suposta agressão verbal que teria acontecido durante o conselho de classe da escola. “Na última reunião do conselho de classe ele foi grosseiro com a orientadora educacional Edirsoleide, tudo porque ela começou a reunião antes dele chegar, aí ele ficou zangado e tratou mal a orientadora, que desmaiou e foi parar no hospital”, afirmou Edmilson.

Sala de informática

O CEM Paulo Freire teria, segundo Edmilson, uma sala de informática, mas que a mesma estaria sem funcionar há mais de dois anos, por falta de manutenção dos equipamentos. O caso já teria sido denunciado pelo professor ao Ministério Público e à Diretoria Regional de Ensino.

Dois empregos

O professor removido vai além nas acusações contra o diretor. Segundo ele, Joaquim teria dois empregos, o de diretor da escola e outro no ITPAC, onde daria aula de educação física. De acordo com Edmilson, Joaquim estaria agindo dentro da ilegalidade, pois quem exerce função de direção de escola não pode exercer outra função. “Ele não pode exercer as duas funções, cargo de diretor deve ser exercido com exclusividade, ele ganha comissão do Estado é para ser exclusivo da escola. Além disso, ele sempre falta às aulas do colégio para trabalhar no ITPAC”, disse Edmilson, afirmando ainda que já encaminhou documento ao Ministério Público Estadual e à Diretoria Regional de Ensino pedindo explicações sobre as remoções.

Por telefone, o Portal O Norte procurou o diretor Joaquim, mas ele disse que não ia falar sobre o assunto, mas adiantou que o caso das remoções dos servidores era uma decisão do secretário estadual da educação, Danilo Melo.

(Portal O Norte)