Brasil

Aécio começa a disputa pelo segundo turno na frente

1. Pesquisa mostra tucano na frente

Nesta quarta-feira (8) ÉPOCA divulgou com exclusividade a primeira pesquisa de intenção de voto sobre o segundo turno. O levantamento, feito pelo instituto Paraná Pesquisas em 152 municípios, mostrou que Aécio Neves (PSDB) ganhou dianteira na disputa pelo Palácio do Planalto. 54% dos entrevistados disseram votar nele, enquanto Dilma Rousseff (PT) tem 46% das intenções. Uma análise dos dados mostrou que o eleitor dos dois candidatos se diferencia mais pela região do país em que vive do que pela renda.

Aécio Neves (PSDB) feliz com os novos aliados (Foto: Ailton de Freitas/Agência O Globo)

2. Caminho livre para Marina

Aécio Neves (PSDB) não ficou na frente só nos votos. Nesta quarta-feira (8), ele conseguiu apoio de adversários no segundo turno. O mais relevante foi, sem dúvidas, o do PSB, que abre caminho para o apoio de Marina Silva (PSB) à sua candidatura. A ex-senadora é cortejada pelas duas campanhas na esperança de que os 22 milhões de votos que recebeu sejam transferidos para o candidato que ganhar seu apoio. Marina, no entanto, ainda não se manifestou e não estava presente na reunião que decidiu o apoio, segundo o Estadão. Ainda do PSB, o senador-eleito Romário (PSB-RJ) se mostrou disposto apostar na campanha do tucano, desde que ele se mostre aberto às propostas do ex-jogador de futebol. Lembrando bastante a posição de Marina…

3. Briga nos debates, aliados no segundo turno

Se nos debates Pastor Everaldo (PSC) e Eduardo Jorge (PV) nada tinham em comum, no segundo turno os dois terão o mesmo candidato: Aécio Neves (PSDB). Os dois partidos oficializam o apoio ao tucano nesta quarta (8). Enquanto os eleitores (ou seguidores nas redes sociais) do pastor aprovaram a decisão e o parabenizavam, os do ambientalista fizeram questão de se manifestar de maneira contrária. “Chegamos a uma conclusão de que, embora o programa do Aécio fique muito aquém do nosso, é o [programa] que fica mais próximo”, disse Eduardo Jorge ao G1.

4. Neutra, mas não vote neste candidato

A mais votada entre os nanicos com mais de 1,6 milhão de votos, Luciana Genro (PSOL) preferiu se manter neutra na disputa. Ou quase. Ainda que não vá apoiar nenhuma candidatura, desaconselhou que seus eleitores votassem em Aécio Neves (PSDB). “ O PSOL, os filiados ao PSOL, os dirigentes do PSOL, em hipótese alguma darão algum voto ou qualquer tipo de apoio ao Aécio Neves. Nós não temos absolutamente nada em comum com Aécio Neves que representa esse retrocesso. Nós entendemos que é necessário, portanto, que o PSOL, a partir de se posicionar claramente contrário ao Aécio, mantenha a neutralidade, no sentido de liberar seus militantes, seus filiados, tanto para o voto nulo, voto branco, como para o voto em Dilma. Isso será uma decisão de cada um”, afirmou segundo o G1.

5.  Campeã de governadores

Se Aécio saiu na frente com os adversários, Dilma Rousseff (PT) se deu melhor no apoio nos Estados. Segundo levantamento do jornal O Globo, a atual presidente tem sete dos 13 governadores eleitos em primeiro turno contra cindo do tucano. Considerando os candidatos que ainda concorrem ao segundo turno, o número da petista sobe para 17 contra nove de Aécio.

Wellington Dias (PT) governador-eleito do Piauí e Dilma Rousseff (PT) em ato em Teresina (Foto: Ichiro Guerra/Divulgação)

6. Crivella contra Malafaia

No Rio de Janeiro, o primeiro debate entre Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB) foi marcado por trocas de farpas e discussão religiosa. Pezão não perdeu oportunidade de relacionar o senador à Igreja Universal, da qual Crivella é bispo licenciado. Neste ponto, o evangélico também foi criticado pelo pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, um dos entrevistadores convidados. Em sua pergunta-acusação Malafaia acusou o sobrinho de Edir Macedo de “obedecer somente às ordens do tio” e que a Universal está tirando as outras igrejas da televisão.

O nível do debate não subiu e sobrou até para a mãe de Pezão entrar na história, já que em suas propagandas ele se orgulha de que ela “nunca teve empregada até hoje”, segundo o Estadão.

7. Dilma vence em Cuba, Aécio na Venezuela e Marina na África

Um levantamento da BBC Brasil mostrou que presidenciável venceu em cada uma das 88 nações em que houve zonas eleitorais para brasileiros que vivem no exterior. Os votos representam apenas 0,12% de todos os computados no primeiro turno.

No total de votos internacionais, Aécio Neves (PSDB) ficou com a maior parcela: 49,51% contra 26,01% de Marina Silva (PSB) e 18,35% de Dilma Rousseff (PT). A presidente, em compensação, vence em Cuba, onde recebeu 84% dos votos, contra 8% do tucano e 6% da ex-senadora. Já a candidata pelo PSB liderou na África, onde venceu em seis países contra quatro de Dilma e apenas dois de Aécio.

8. Já no Brasil…

Um levantamento do G1 comparou os votos recebidos pelos presidenciáveis em municípios de diversos tamanhos e concluiu que Dilma Rousseff (PT) vence nas cidades pequenas (de até 50 mil habitantes ) e Aécio Neves (PSDB), nas grandes (com mais de 500 mil habitantes). A atual presidente saiu do primeiro turno vitoriosa em 3648 cidades, enquanto o tucano venceu em 1821. Marina Silva (PSB), que ficou fora do segundo turno venceu em somente 99. Curiosamente, empate foi registrado em somente das localidades.

O marqueteiro João Santana (Foto: Wilson Pedrosa/ Estadão Conteúdo)

9. Sem pancadaria

Conhecido por ser presunçoso (com certa razão, já que já elegeu ao menos seis presidentes), o marqueteiro João Santana, responsável pela campanha de Dilma Rousseff (PT) à reeleição, disse na terça-feira (7) que não será necessário atacar o candidato Aécio Neves (PSDB). “Que nada. Para quê? Não precisa”, afirmou ao G1. Será que ele mantém a opinião com o resultado da pesquisa?

10. Só um voto

No Rio Grande do Norte uma candidata a deputada estadual recebeu um único voto. Selma Silva (PHS) afirmou ao G1 que não esperava nenhum voto, nem santinhos tinha. A diarista de 49 anos se candidatou apenas para que o partido cumprisse a cota mínima de 30% de candidatas mulheres, regra prevista em lei desde as eleições de 2010. Sendo assim, nem ela mesma votou em si. Quem digitou seu número na urna então? “Minha filha contou para minha irmã, que não acreditou, mas no dia da eleição foi lá conferir e votou em mim”, afirmou.

(Revista Época)