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Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer ganham Nobel de Economia 2019

O americano nascido na Índia Abhijit Banerjee, a franco-americana Esther Duflo e Michael Kremer, também dos Estados Unidos foram premiados nesta segunda-feira (14) com o Nobel de Economia “por sua abordagem experimental para aliviar a pobreza global”.

Os 3 são pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e da Universidade de Harvard, nos EUA. Esther Duflo, tem 46 anos, é a segunda mulher e a pessoa mais jovem a receber o Nobel de Economia.

“As descobertas da pesquisa dos premiados melhoraram drasticamente nossa capacidade de combater a pobreza na prática”, afirmou a Academia Real de Ciências da Suécia.

Os estudos e novas abordagens desenvolvidas pelos economistas permitiram, por exemplo, ações mais eficazes para melhorar a saúde infantil e o desempenho escolar.

“Como resultado direto de um de seus estudos, mais de 5 milhões de crianças indianas se beneficiaram de programas eficazes de aulas de reforço nas escolas. Outro exemplo são os pesados ​​subsídios para cuidados de saúde preventivos que foram introduzidos em muitos países”, destacou o comitê do Nobel, destacando ainda que as pesquisas “têm um grande potencial para melhorar ainda mais a vida das pessoas em pior situação do mundo”.

Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer ganham Nobel de Economia 2019 — Foto: Twitter/The Nobel PrizeAbhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer ganham Nobel de Economia 2019 — Foto: Twitter/The Nobel Prize

Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer ganham Nobel de Economia 2019 — Foto: Twitter/The Nobel Prize

Quem são os premiados

Abhijit Banerjee
Nasceu em 1961 em Mumbai, na Índia. Em 1988, ele conseguiu o título de Ph.D. pela Universidade de Harvard, em Cambridge, nos Estados Unidos. Ele é professor de Economia da Ford Foundation no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA.

Esther Duflo
Nasceu em 1972 em Paris, na França. Ela obteve o título de Ph.D. em 1999 do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA. É a segunda mulher e a pessoa mais jovem a receber o Nobel de Economia.

Francesa Esther Duflo foi uma das vencedoras do Nobel de Economia de 2019 (foto de arquivo) — Foto: Patrick Kovarik / AFPFrancesa Esther Duflo foi uma das vencedoras do Nobel de Economia de 2019 (foto de arquivo) — Foto: Patrick Kovarik / AFP

Francesa Esther Duflo foi uma das vencedoras do Nobel de Economia de 2019 (foto de arquivo) — Foto: Patrick Kovarik / AFP

Michael Kremer
Nasceu nos EUA, em 1964. Obteve o título de Ph.D em 1992 na Universidade de Harvard, nos EUA. É professor de Sociedades em Desenvolvimento na Universidade de Harvard, nos EUA.

O prêmio de Economia, oficialmente chamado de “Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel”, foi criado em 1968. A homenagem não fazia parte do grupo original de cinco prêmios estabelecidos pelo testamento do industrialista sueco Alfred Nobel, criador da dinamite. Os outros prêmios Nobel (Medicina, Física, Química, Literatura e Paz) foram entregues pela primeira vem em 1901.

O Nobel de Economia é o último concedido este ano. Os prêmios de Medicina, Física, Química, Literatura e Paz foram anunciados na semana passada.

Vencedores do Nobel de 2019

Paz:Abiy: Ahmed Ali, primeiro-ministro da Etiópia, foi premiado por sua iniciativa decisiva para resolver o conflito de fronteira com a vizinha Eritreia, no leste da África

LiteraturaOlga Tokarczuk ganhou o prêmio referente ao ano de 2018, quando a academia cancelou a premiação após um escândalo sexual. Já Peter Handke levou o deste ano.

QuímicaJohn B. Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino foram premiados pelo desenvolvimento de baterias de íons de lítio.

FísicaJames Peebles, suíços Michel Mayor e Didier Queloz foram premiados por suas contribuições para a compreensão do universo e pela descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar que orbita uma estrela semelhante ao Sol.

MedicinaWilliam Kaelin, Gregg Semenza e Sir Peter Ratcliffe ganharam o prêmio pelo estudo sobre como as células detectam e se adaptam à disponibilidade de oxigênio.

Últimos ganhadores do Nobel de Economia

2018: William D. Nordhaus e Paul M. Romer (EUA), por seus estudos sobre economia sustentável e crescimento econômico a longo prazo.

2017: Richard Thaler (Estados Unidos), por sua pesquisa sobre as consequências dos mecanismos psicológicos e sociais nas decisões dos consumidores e dos investidores.

2016: Oliver Hart (Reino Unido/Estados Unidos) e Bengt Holmström (Finlândia), por suas contribuições à teoria dos contratos.

2015: Angus Deaton (Reino Unido/Estados Unidos) por seus estudos sobre “o consumo, a pobreza e o bem-estar”.

2014: Jean Tirole (França), por sua “análise do poder do mercado e de sua regulação”.

2013: Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre os mercados financeiros.

2012: Lloyd Shapley e Alvin Roth (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre a melhor maneira de adequar a oferta e a demanda em um mercado, com aplicações nas doações de órgãos e na educação.

2011: Thomas Sargent e Christopher Sims (Estados Unidos), por trabalhos que permitem entender como acontecimentos imprevistos ou políticas programadas influenciam os indicadores macroeconômicos.

2010: Peter Diamond, Dale Mortensen (Estados Unidos) e Christopher Pissarides (Chipre/Reino Unido), um trio que melhorou a análise dos mercados nos quais a oferta e a demanda têm dificuldades para se acoplar, especialmente no mercado de trabalho.

2009: Elinor Ostrom e Oliver Williamson (Estados Unidos), por seus trabalhos separados que mostram que a empresa e as associações de usuários são às vezes mais eficazes que o mercado.

2008: Paul Krugman (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre o comércio internacional.

Fonte: G1