Mãe e filha são presas por esquema golpista que prometia imóveis do Minha Casa, Minha Vida
Mãe e filha foram presas preventivamente por uma série de crimes de estelionato praticados em várias cidades do Estado. O cumprimento dos mandados de prisão ocorreu durante a Operação Hemera, deflagrada nesta segunda e terça-feira, dias 14 e 15 de abril.
As investigadas, identificadas como J.S.L., de 28 anos, e sua mãe, R.S.S.L., de 46 anos, participam de um esquema fraudulento que prometia imóveis do programa Minha Casa Minha Vida e liberação de terras públicas mediante pagamento antecipado. A filha seria a mentora de todo o grupo.
“Conforme apurado durante as investigações, J.S.L. se apresentava como servidora de órgãos públicos e, valendo-se dessa falsa credibilidade, enganava vítimas com promessas fraudulentas relacionadas à entrega de imóveis do programa Minha Casa Minha Vida, mediante pagamento antecipado de valores. Em muitos casos, a investigada chegava a levar os interessados até locais supostamente destinados aos imóveis, exibindo imagens e documentos falsos para convencer as vítimas da veracidade do negócio”, explica o delegado Diogo Fonseca da Silveira, responsável pelo caso.
Além dos falsos imóveis, as investigadas alegavam ter influência junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), oferecendo acesso a terras públicas em troca de valores pagos previamente. Após o recebimento das quantias, as promessas não se concretizavam e as autoras do golpe desapareciam.
A mãe, por sua vez, atuava no aliciamento das vítimas e na intermediação dos pagamentos, colaborando diretamente para a efetivação dos crimes. O delegado afirma que a atuação do grupo era estruturada e recorrente. “Já foram registrados mais de 40 boletins de ocorrência contra o grupo criminoso, todos relacionados a crimes de estelionato e delitos patrimoniais. Apenas na 72ª DP há oito inquéritos em andamento contra as investigadas e seus comparsas”, destacou o delegado Diogo Fonseca.
A Polícia Civil apreendeu documentos, celulares e outros materiais que podem contribuir para a identificação de novas vítimas e possíveis cúmplices. As diligências seguem em curso com o objetivo de aprofundar as investigações e responsabilizar todos os envolvidos. Após passar pelos procedimentos legais cabíveis as suspeitas foram encaminhadas para a Unidade Prisional Feminina de Palmas.
Operação Hemera
O nome da operação, Hemera, faz referência à deusa da luz do dia na mitologia grega, simbolizando o rompimento com a escuridão da enganação. A escolha representa o esforço da Polícia Civil em lançar luz sobre os crimes cometidos, desarticular a rede de fraudes e promover justiça às vítimas.
Fonte: AF Noticias